Livraria 18 de Abril

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Comentários

Mensagem: A dor do abandono

 

 tive uma convivência bastante conturbada com o meu pai, ele era uma pessoa difícil.a minha grande mágoa era vê-lo tratar tão mal a minha mãe, essa faleceu aos 46 anos de câncer, ou talvez de sofrimento, de mágoa, e isso eu não conseguia perdoar. qdo ele ficou doente,necessitando de cuidados médicos constantes, achei q a melhor alternativa era colocá-lo em um asilo. escolhi um local que considerei digno de uma pessoa viver. apenas nos seus 15 últimos dias de vida consegui ter uma relação mais amorosa com ele, mesmo ele me tratando mal, falando palavras tão duras,eu consegui naquele momento desvincular a figura do pai tão ausente e enxergar apenas a figura de um ser humano que naquele momento necessitava de amor, compreensão,talvez tenha sido uma dádiva de deus para mim. às vezes acho q deveria ter sido mais compreensiva com ele durante o tempo de convivência q tivemos, mas tbém acho q só podemos colher aquilo que plantamos, e nesse momento, eu sinto que cumpri com a minha parte.e tento plantar hoje, o que quero colher amanhã com o meu filho. - KATIA

 

 não pude deixar as lágrimas cairem dos meus olhos e banharem meu rosto ao ler esta mensagem, eu tb um dia permiti q minha mãezinha fosse para um asílo, fui embora da cidade onde morava com meus irmãos e não pude mais cuidar dela e lógico meus irmãos a colocaram lá, não tive condições na época de ir buscá-la depois de dois anos fui visitá-la já sem vida em um hospital, morreu minha mãezinha, abandonada e sozinha depois de ter gerado em seu ventre 13 filhos, carrego essa dor, essa culpa q tb é minha,ela não esteve comigo na minha infancia e nem em minha adolescencia, me abandonou quando eu era muito pequena, mas deus sabe o pq, só sinto ela ter partido assim, deus sabe q sinto tanto, hj mais do q nunca pois tenho 2 filhas e morreria se ficassem longe de mim.visito os asilos aqui onde moro e tento ver seu rosto em rostos desconhecidos e abandonados, as vezes isso me faz bem, mas o vazio está lá bem no fundo de minha alma, não posso voltar atrás por isso sigo em frente sabendo q só deus pode cuidar dela agora.a minha parte... eu não fiz.. - JOVELINA MAFFEI

 

  é muito realista esta mensagem, pois temos visto por esse mundo afora muitos pais abadonados pelos próprios filhos. antoniotavares - TAVARES

 

  é muito realista esta mensagem, pois temos visto por esse mundo afora muitos pais abadonados pelos próprios filhos. antoniotavares - TAVARES

 

  "esta mensagem para mim foi um alerta,comecei a pensar sobre minha mãe,ela não está em asilo, graças a deus, está na casa dela,tem todo conforte que alguem na idade merece,porém, muitas vezes deixo de visita-la por estar cansada,por não ter tempo, sempre tem alguma coisa para fazer... vou corrigir isso! - VERA RAMOS

 

  realmente muito triste, mas um alerta para os filhos que deixam seus pais abandonados em um asilo,não é justo abandonarmos as pessoas que cuidaram de nós por toda uma vida, seria o momento de darmos mais carinho ainda. mas creio que hoje,com a mudança de comportamento da sociedade este fato será cada vez comum,pois os pais desde cedo colocam seus filhos em creches ,porque precisam trabalhar,não mantem muito contato com seus filhos, o que seus filhos mais tarde repetiram colocando-os em asilos,para trabalharem.... realmente lamentável. - CLAUDIA

 

 me emocionei muito, muito mesmo a ler esta magnifica, estranha e sofredora história.meus pais se mudaram para um asilo, quando eu tinha 1 ano de vida, la permaneci aé os 33anos, aos 14 anos comecei a trabalhar ajudando meus pais a cuidadresm dos idosos, idosos estes tristes, revoltados, sofridos mesmo, pelo abandono da familia.sei pois senti na pele o que é viver e ser abandonado em um asilo. hoje minha vida é motivo de estranhesa, como disse, fiquei neste asilo até os 33 anos, logo em seguida, fui trabalhar em uma universidade, ligado diretamente aos alunos, que ao contrario todos são muito jovens. brinco sempre dizendo, que nasci velho e agora estou jovem, porem, gostaria muito de trocar idéias sobre a vida nos asilos, vivi, convivi, e participei diretamente da vida de todos, fui enfermeiro, faxineiro, dava banhos, fui barbeiro, tudo isto quando estava no auge da adolecencia, no auge da juventude. hoje sei o quanto é sofrido viver em um asilo, e quem diz o contrario, é porque não conhece uma casa assim. muito obrigado por dar esta oportunidade. um grande abraço. jose roberto - JOSE ROBERTO DA SILVA