Livraria 18 de Abril

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Homens livros

   

Benjamin Franklin comparou-se a um livro e na sua juventude preparou a inscrição para seu túmulo com os seguintes dizeres: O corpo de Benjamin Franklin, impressor, como a capa de um livro velho ao qual tivessem arrancado as páginas e tirado as letras e o ouro, jaz aqui, comida para os vermes.

Mas o trabalho não terá sido totalmente perdido; porque, segundo ele crê, aparecerá mais uma vez, numa edição nova e mais perfeita, corrigida e aumentada por seu autor.

Podemos, sim, comparar o Universo a uma imensa livraria e a Terra como sendo uma de suas estantes.

E nós, as criaturas, somos os livros colocados nela. É, por isso, possivelmente, que da mesma maneira que algumas pessoas compram livros apenas pela beleza da capa, sem pesquisar o índice e o conteúdo, muitas pessoas avaliam os outros pela aparência física, pela capa, sem considerarem a parte interna.

Os que assim agem, perdem douradas oportunidades na vida de encontrar verdadeiros amigos e seres preciosos.

Outras procuram livros com títulos sensacionalistas, histórias de terror ou romances profundos.

Também é assim com as pessoas. Existem aquelas que buscam sensacionalismos baratos, dramas alheios ou apenas um romance.

Podemos dizer que somos homens-livros lendo uns aos outros.

Podemos ficar só na exterioridade da capa ou nos aprofundar até as páginas vivas do coração.

A capa pode ser interessante, mas é no conteúdo que brilha a essência do texto.

O corpo pode ter uma bela plástica, mas é o Espírito que dá brilho aos olhos.

Também podemos ler nas páginas experientes da vida, muitos textos de sabedoria. Depende do que estamos buscando na estante.

Podemos ver em cada homem-livro um texto-Espírito impresso nas linhas do corpo.

Deus, o editor de todos os livros, coloca a Sua assinatura nas páginas do coração, mas só quem lê o interior descobre isso.

Só quem vence a ilusão da capa, que pode ser de várias cores e tamanhos, mergulha nas páginas da vida íntima de alguém e descobre o seu real valor humano e espiritual.

* * *

Sejamos todos bons leitores e escritores conscientes.

Que nas páginas de nossos corações, possamos escrever uma história de amor profundo.

Que em nossos Espíritos possamos gravar uma história de amor imortal.

E que, na qualidade de homens-livros, possamos nos tornar leitura interessante e criativa nas várias estantes da Livraria-Universo, pois somos homens-livros sempre.

A capa, nosso corpo físico, amassa e as folhas podem rasgar. Mas ninguém amassa ou rasga as idéias e os sentimentos de uma consciência imortal.

O que não foi bem escrito em uma vida, poderá ser bem escrito mais à frente, em uma próxima existência ou além.

Mas, com toda certeza, será publicado pela editora da vida, na estante terrestre ou em qualquer outra estante do Universo.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base em texto de autor desconhecido.